quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eu não preciso



Eu não preciso que você me escolha quando precisa de um beijo, eu quero que a primeira pessoa que você pense quando precisa de um abraço, seja eu. Eu não preciso que você me chame pra sair pra balada, eu quero que quando você chegar em casa, você me ligue contando o quanto se divertiu mas que não pode dormir sem ouvir minha voz dizendo pra você dormir bem. Eu não preciso que você fique comigo 24 horas por dia, eu quero que todos os nossos momentos juntos você guarde pra sempre na sua memória. Eu não preciso que todo mundo saiba de nós dois, eu só quero que quando alguém te perguntar quem é a pessoa que te faz bem, você pense logo em mim. Eu não preciso que você fique dizendo o tempo todo que me ama, eu só quero que você acorde pensando em mim. Eu não preciso que seja pra sempre, eu só quero que quando seus filhos te perguntar quem foi a pessoa que você mais amou, você diga à eles que apesar de tudo, sabe que a fez feliz.

                                        (Autor Desconhecido)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Viajar! Oba!



Pode ser em pensamento, pode ser para a cidade vizinha, pode ser por uma hora, pode ser por semanas, não há nada melhor! A sensação de arrumar a mochila e partir pode ser encarada como tantas formas: uma fuga, uma libertação, um desejo de não ser mais a mesma, ir e voltar outra, descarregar as bagagens, retornar mais leve, aliviada, deixando tudo para trás.

Esses dias, vivi uma experiência ótima, eu e minha irmã viajamos para Quixadá. Sem pressa de chegar, ouvindo música, conversando, brincando, rindo, descrevendo nossos projetos e sonhos. Percebemos que nunca antes tínhamos pegado a estrada só nós duas e o quanto tínhamos perdido tempo. A vida é muito breve e quando nos damos conta não temos aproveitado os melhores momentos com as pessoas que realmente amamos. Precisávamos desse momento para descontrair, para levar algumas bagagens, para fugir, nos libertar, respirar um pouco outro ar. Eu precisava ver tudo de longe, ver a pista se abrindo no horizonte, àquilo me dava uma paz, uma sensação de liberdade, de desapego até mesmo aos sentimentos que eu sobrecarregara a minha vida. Sei que para ela também, era uma aventura, sair sem as crianças, fugir do trabalho, quebrar a rotina.

A viagem de ida foi prazerosa e rápida e chegando lá foi maravilhoso, rever a família, os amigos, matar a saudade que às vezes sufoca, passar à noite atualizando as conversas guardadas, as surpresas. E durante o dia, percorrer toda a cidade fazendo compras, tagarelando sem parar, acho que nós nunca tivemos muito tempo uma para outra, e só assim pudemos aproveitar muito bem cada instante de alegria e descontração que foi nosso passeio. Na volta já dava para sentir o coração mais leve, mais doce, já até com vontade de chegar em casa e repousar mais manso. 

Lembrei-me de uma música que diz que “de repente a vida pode ser uma viagem”, momentos de ida, outros de chegada, há sempre alguém chegando ou partindo, levando um pouco de nós e deixando um pouco delas em nós. Prometemos a nós mesmas que faríamos mais viagens assim, aproveitando cada km percorrido, cada segundo do nossso tempo, levando velhas bagagens e trazendo novas experiências. A vida tem que ser bem aproveitada, pois um dia nossa viagem chega ao final.
                                          
                             (Solange Canuto)

sexta-feira, 30 de março de 2012

É preciso deixar ir


"Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.”
                                                                                                                                   (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Tentando entender



Há tantas coisas que gostaríamos de compreender e não conseguimos. Queria poder desfazer todos mal-entendidos, mas somos muitos complexos para nos entendermos. Há momentos que nos cansamos a tal ponto que não queremos mais nos esforçar para que tudo dê certo. Sempre achei que ser perceptiva era uma qualidade, até que descobri o quanto isso nos sobrecarrega, preferia não entender nada, não sentir as pessoas se aproximarem e se afastarem, não ganhar, mas também não perder, não viver nessa montanha russa de emoção, ora feliz, ora triste, algumas vezes perto, outras longe. Surge um desejo de ir... para qualquer lugar, sem direção, apenas fugir de tudo, de mim mesma, do que sinto, do que penso, deixar-se ser só.
Muitas vezes me subestimo, achando que conheço os comportamentos humanos, que me conheço, mas não. Quanto mais tento entender, menos entendo. Um dia parece um príncipe, no outro um ogro, e eu!? Estática, analisando, tentando encontrar respostas de perguntas que nem sei, estou quase chegando a conclusão que não há mais nada em lugar algum, que não há respostas, nem mesmo perguntas, apenas uma ilusão que criei.
Olho-te e não te vejo, suas atitudes negam todas as possibilidades que antes eu via, os muros se ampliaram entre nós e já não consigo mais lutar contra isso, meus braços estão quebrados, não posso mais te alcançar, meus olhos não querem mais os seus, estou ferida pela distância que se fez, pela frieza, pela falta dos seus carinhos, do seu olhar, pelo silêncio e, sobretudo pela falta de amor. Dizem que quando o amor morre devemos lhe dar uma morte dolorosa. Nada mais justo! 

                                                   (Solange Canuto)

domingo, 25 de março de 2012

Não espere...



"Não espere ser amado para amar.
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado.
Não espere ficar de luto para reconhecer o que hoje é importante em sua vida.
E especialmente quem hoje é importante em sua vida.

Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar.
Não espere a queda para lembrar-se do conselho.
Não espere a enfermidade para reconhecer o quão frágil é a vida.
E quanto você deve cuidar dela.

Não espere pessoas perfeitas para se apaixonar.
Não espere a mágoa para pedir perdão.
Não espere a separação para buscar a reconciliação.
Não espere a dor para acreditar em oração ou adquirir a fé.
Não espere elogios para acreditar em si mesmo.
Enfim, não espere.

Não espere ter tempo para servir.
E não espere que o outro tome a iniciativa se você foi o culpado.
Não espere o "eu te amo" para dizer "eu também".
Não espere ter dinheiro aos montes para contribuir e ajudar alguém.

Pare de esperar.
A vida é feita do presente.
É vivida hoje.
Se aprende com o passado,
Se deseja coisas para o futuro,
Se sonha com o futuro,
Mas se vive no presente.

Portanto,
Não espere o dia da sua morte,
Sem antes amar a vida verdadeiramente.
Somente você é capaz de não esperar."

                                      (William Shakespeare)           

sábado, 24 de março de 2012

Quem ama desiste?


Bob Marley disse que: “Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer”. Às vezes, posso até ter a impressão que alguém um dia leu isso pensando em mim. E posso dizer mais, que também já pensei nessa frase me relacionando a ele. Mas isso não foi nem um pouco heróico para nós dois. Desistir sem tentar, não nos faz melhor. Só sabemos o quanto é importante lutar, quando vemos essa chance sumir de nossas mãos, se não há glória em lutar e perder, menos ainda, em não tentar!

Bob Marley que me perdoe, mas não consigo acreditar que a pessoa que ama desista do ser amado pelo o simples fato de não aguentar sofrer. Que amor é esse? Amor que não suporta o sofrimento, nem o tempo de espera, que desiste sem nem ao menos tentar? Desistir é o caminho mais fácil, difícil mesmo é ir à luta, é engolir o orgulho, o medo de correr atrás e se decepcionar, de ouvir a pessoa amada dizer “não te quero”, “não te amo!”. Difícil mesmo é ter coragem de quebrar as barreiras do preconceito, das diferenças que existem entre as pessoas que se amam,  tampar os ouvidos para as coisas desagradáveis, conviver com o desejo de querer algo que parece impossível. Como se amar fosse fácil! Amar não é fácil e lutar por ele mais complicado ainda, então nunca diga a alguém que o amou, se não foi capaz de abrir mão de seu estado de conforto para estar ao lado de quem realmente gosta, se não foi capaz de demonstrar seu afeto, de confidenciar o quanto o esperou, de dizer como esse sentimento te faz bem e não existe nada melhor do que querer alguém assim.

Querer passar horas e horas conversando ao celular, trocar mensagens, rir à toa, falar sobre qualquer coisa, voltar a ser criança, parecer dois bobos, se sentir humano, brigar para fazer as pazes depois, (ah! Como é bom fazer as pazes!)cobrar carinho, dar sem receber, querer mimar, acordar no meio da noite com a mão em cima do coração e ele logo vir no primeiro pensamento, olhar para as coisas mais banais e lembrar do seu cheiro, do gosto, do abraço apertado, é querer estar sempre perto na alegria e na tristeza, é compartilhar tudo, se mostrar fraco, medroso, é pensar no fim do mundo e querer que no último minuto ele esteja ao seu lado, compreender seu silêncio, querer se afastar para saber se sentirá sua falta, ficar insegura, desejar ter certeza de se sentir amada, aceitar e amar até mesmo os defeitos. E sobretudo, olhar nos olhos e perceber que nenhuma pessoa o faria mais feliz.

Por maior dor que o amor nos provoque, sempre virá momentos de recompensa, quando a pessoa amada sorri, te abraça e você percebe no olhar que esse sentimento pode ser correspondido. “Muitas vezes perdemos o que poderíamos ganhar pelo simples medo de arriscar”. E o amor que é amor tudo suporta, espera, é paciente, não há início e nem fim, não se limita. Como mesmo já falou Miguel Falabella, o amor é como um rio: Não se represa um rio, não se engana a natureza. Faça a represa que quiser, pois o rio cedo ou tarde vai arranjar um jeito de rasgar a terra. Abrir um caminho e voltar a correr em seu leito de origem”. O amor vai sempre ser amor em qualquer lugar! E quem ama? Ah! Quem ama não DESISTE!

                                         (Solange Canuto)

terça-feira, 8 de março de 2011

O Homem e a Mulher


 
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
 
Deus fez para o homem um trono.
Para a mulher, um altar.
O trono exalta.
  O altar santifica.
 
O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
A luz fecunda.
O Amor ressuscita.
 
O homem é forte pela razão.
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence.
As lágrimas comovem.
 
O homem é capaz de todos os heroísmos.
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece.
O martírio sublima.
 
O homem tem a supremacia.
A mulher, a preferência.
A supremacia significa a força.
A preferência representa o direito.
 
O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
Contempla-se o infinito.
Admira-se o inefável.
 
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.
 
O homem é um código.
A mulher, um evangelho.
O código corrige.
O evangelho aperfeiçoa.
 
O homem pensa.
A mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
 
O homem é um oceano.
  A mulher um lago.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.
 
O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.
 
O homem é um templo.
A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
 
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
  E a mulher onde começa o céu.
 
                                       (Victor Hugo)